Linguagem Wittgenstein

A Imaturidade da Linguagem

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A linguagem é tão imatura e inocente, que dela podemos converter os mais céticos em fascistas de uma religião. Pode-se, com a linguagem, tornar o belo em feio, o feio em belo, sem ao menos sabermos do que estamos falando. Podemos nos tornar racistas, homofóbicos e intolerantes, e todos aqueles que pensam sobre a linguagem racista ou intolerante de forma a discriminá-los, não são eles mesmos intolerantes?!

Da linguagem sabemos pouco, é a melhor forma que temos para nos comunicar, não a única, não a sublime, mas o pilar do que a nossa mente tenta nos comunicar. Passamos por um processo cognitivo árduo, antes que os pensamentos se tornem palavras, nos interpretamos, tentamos de todas as formas, e nos debatemos com o que realmente queremos dizer e em muitos momentos somos prisioneiros arrastados até a parede, e torturados por não sabermos expressar o que está dentro de nós.

Linguagem Wittgenstein

Diante desse pressuposto, imaginem o quão difícil e sem sentido, é a interpretação dos outros diante da nossa comunicação. Obviamente utilizamos a linguagem todos os dias e por parecer tão simples e singela não paramos para pensar sobre o que ela nos proporciona e principalmente, sobre o que nos deixa de proporcionar.

A linguagem é a magia do nosso século, é por ela que influenciamos e somos influenciados e por ela mesma, somos alienados. Você pode me perguntar o que eu proponho no lugar da linguagem. E eu responderia com um olhar!

Poderia citar vários filósofos a respeito da linguagem, mas como diz Wittgenstein:

As fronteiras da MINHA linguagem são as fronteiras do MEU universo.

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