A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência. Mahatma Gandhi
A liberdade é algo que podemos definir a ponto de universalizarmos, sem que a tenhamos como um fenômeno? Definição de fenômeno (do grego phainomenon = “observável”): Fato, aspecto ou ocorrência passível de observação.
Realmente podemos observar a liberdade ou tê-la palpavelmente para que seja passível de análise? Ou a liberdade é apenas um pseudoconceito ilusório da nossa vontade de ser?
Utilizamos tantas vezes e de forma tão inconsciente e comum a palavra liberdade que a tornamos “real”, sem nos darmos conta de que ela pode “existir” apenas na nossa mente, ou seja, tem um sentido próprio para cada um. A “minha liberdade” pode não ser a do outro, assim como o outro pode não considerar a liberdade como um conceito e assim não defini-la de forma alguma. Apenas a aceita como algo inconscientemente coletivo.
Muitos filósofos definiram e tiraram conclusões diversas sobre o que poderia ser essa palavra liberdade, e qual o efeito que ela tem na vida dos seres humanos. A definição kantiana, Immanuel Kant, é uma das mais emblemáticas e utilizadas como declaração do direito dos homens até hoje, pela potência e autonomia fecundadas no iluminismo.
Age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se mediante tua vontade a lei universal da natureza.
Quanto mais alternativas tivermos, maiores serão as possibilidades de escolha, segundo o filósofo René Descartes. Desta forma quanto menos informações a respeito das possíveis escolhas a serem tomadas, menor será a liberdade. Sabendo que o francês Descartes tem sua filosofia pautada no cetismo, utilizando-se da dúvida como método para o conhecimento.
Podemos entender que quanto menos soubermos a respeito de algo, mais difícil torna-se a liberdade de agir. O conhecimento transforma-se no vínculo crucial para a noção de liberdade.
Em Baruch de Espinoza, compreende-se a noção de natureza e determinismo. Onde a natureza do “ser” significa a própria liberdade, sendo assim só é livre quem age em conformidade com a estrutura humana. Porém devemos destacar que a natureza tem suas responsabilidades, e que a determinação da mesma em nossas vidas, não podem ser utilizadas como desculpas de atitudes deliberadas à vontade do ser humano.
Dentre tantos, escolhi as quatro definições acima, para clarearmos a mente para quando pensarmos a respeito de conceitos quaisquer. Não há interpretação correta ou errada, há apenas interpratações, válidas com toda certeza, e passíveis de mudança a cada momento. Basta nos dispormos a possibilidade desse conhecimento, para quem sabe sermos livres ao menos racionalmente.
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