Escola de Alexandria - Hipátia

Escola de Alexandria

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Sabemos que existem estudos sobre:

Escolas pré-socráticas como: Escola de Mileto, Escola Pitagórica, Escola Efésica, Escola Eleática e Escola Atomista.
Escolas socráticas: Platonismo – Academia (Platão), Escola Peripatética – Liceu (Aristóteles), Escola Cirenaica, Escola Megárica, Escola de Elis e Cinismo.
Escolas helenísticas: Epicurismo, Estoicismo, Ceticismo, Pirronismo e Neoplatonismo.
 
Mas quando “chegamos” no século I d.C. os estudos param e as pesquisas não são suficientes para abordar a história e a filosofia destes cinco séculos (I ao V d.C.). Porém há muito o que ser explorado nestes séculos “perdidos”, que alguns chamam de “negros” até o final da Idade Média. A Patrística Cristã, o Gnosticismo, os Basilíades e a Filosofia pré-medieval.
 
Dentre os filósofos mais importantes estão Fílon de Alexandria, Aristarco de Samos, Berossus, Cirilo de Alexandria e muitos outros, mas queremos destacar principalmente a filósofa e matemática neoplatônica Hipátia de Alexandria.
Indicamos o filme chamado Ágora (Alexandria no Brasil) que conta uma parte do pensamento filosófico de Hipátia.
 
Resenha do filme:

O filme relata a história de Hipátia (Rachel Weisz), filósofa e professora em Alexandria, no Egito entre os anos 355 e 415 da nossa era. Única personagem feminina do filme, Hipátia ensina filosofia, matemática e astronomia na Escola de Alexandria, junto à Biblioteca. Resultante de uma cultura iniciada com Alexandre Magno, passando depois pela dominação romana, Alexandria é agitada por ideais religiosos diversos: o cristianismo, que passou de religião intolerada para religião intolerante, convive com o judaísmo e a cultura greco-romana.

Alexandria Ágora Filme

Hipátia tem entre seus alunos Orestes, que a ama, sem ser correspondido, e Sinésius, adepto do cristianismo. Seu escravo Davus também a ama, secretamente. Hipátia não deseja casar-se, mas se dedica unicamente ao estudo, à filosofia, matemática, astronomia, e sua principal preocupação, no relato do filme, é com o movimento da terra em torno do sol.

Escola Alexandria Hipátia

Mediante os vários enfrentamentos entre cristãos, judeus e a cultura greco-romana, os cristãos se apoderam, aos poucos, da situação, e enquanto Orestes se torna prefeito e se mantém fiel ao seu amor, o ex-escravo Davus (que recebeu a alforria de Hipátia) se debate entre a fé cristã e a paixão. O líder cristão Cyril domina a cidade e encontra na ligação entre Orestes e Hipátia o ponto de fragilidade do poder romano, iniciando uma campanha de enfraquecimento da influência de Hipátia sobre o prefeito, usando as escrituras sagradas para acusá-la de ateísmo e bruxaria.

Estamos aqui para destacar a relação que Hipátia tinha com a astronomia, e não seus romances cinematográficos. Principalmente a preocupação com o movimento da terra em torno do sol. Não sabemos se ficou claro, mas é isso mesmo, ela pretendia retomar o pensamento de Aristarco de Samos, um dos mais antigos astrônomos que propunha o heliocentrismo, uma grande heresia para os cristãos e gregos da época. Pois a cosmologia aristotélica do geocentrismo era predominante no mundo ocidental, e muito cômodo para para a visão cristã medieval.

O geocentrismo era veementemente defendido por diversos motivos, mas o principal deles, era a centralidade do homem no universo (o homem como criado por Deus e central na esfera universal – antropocentrismo). Diante deste contexto a filósofo e astrônoma Hipátia demonstra algumas possibilidades da teoria da relatividade geral de Einstein, muito antes de Isaac Newton, Galileu, Kepler ou mesmo Copérnico. A partir de algumas experiências ela propõe um tipo de gravidade, assim como órbitas elípticas e não circulares como Aristóteles pensava.

Muitas obras foram destruídas na biblioteca de Alexandria no Egito, como um dos maiores astrônomos de todos os tempos, Carl Sagan, relata em alguns vídeos. No momento não temos informações suficientes para comprovar os relatos destacados neste texto. Mas com as pesquisas que fizemos sobre a Escola de Alexandria, temos a absoluta certeza de que muitos documentos poderiam ter sido explorados há séculos e séculos atrás e estaríamos num patamar da astrofísica e astronomia muito mais avançado.

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