1. MELHORA A CAPACIDADE ARGUMENTATIVA
Todos nós temos implicitamente uma capacidade de argumentação que muitas vezes pode não ser utilizada. Mas a partir do momento que a filosofia faz parte da nossa vida, e entendemos que não precisamos necessariamente entender assuntos tão profundos para dialogar filosoficamente, a própria timidez abre espaço para a argumentação.
Sócrates foi o filósofo, que entendeu que nada sabia. Ele utilizava uma técnica chamada maiêutica (do grego significa “dar à luz” ao conhecimento) para argumentar sobre a essência das coisas, levando o interlocutor a duvidar do seu próprio saber a respeito de algo.
Com a maiêutica, Sócrates “dobrava” o seu opositor em todos os conceitos supostamente conhecidos. E o levava como que pelas mãos a conhecer a si mesmo, antes de pressupor conhecer algo externo.
O mestre da argumentação tem duas máximas conhecidíssimas:
Conhece-te a ti mesmo.
E extraído da Apologia de Sócrates, a famosa paráfrase “Só sei que nada sei.” vem de:
Aquele homem acredita saber alguma coisa, sem sabê-la, enquanto eu, como não sei nada, também estou certo de não saber.
2. AUMENTA A TOLERÂNCIA
Quando entendemos que sabemos de alguma coisa, sejam conceitos filosóficos, política, religião ou até mesmo futebol. Temos a tendência instintiva de nos deixar levar à arrogância e prepotência, mas quando realmente estamos conscientes do nosso labor a respeito de algo que podemos conhecer profundamente, aplicamos a tolerância como um professor capaz de ensinar com toda a calma do mundo ao filho birrento e mal educado que ainda não sabe escrever.
A tolerância é uma serenidade capaz de nos manter equilibrados diante da menoridade de conhecimento do outro. Essa mesma tolerância não pressupõe falta de garra e determinação para defendermos com unhas e dentes nossas opiniões, mas nos permite compreender que não há vencedor nessa batalha do conhecimento.
3. HUMANAS E EXATAS TEM A MESMA MÃE
Praticamente todas as semanas escutamos alguém dizer que é de exatas ou que matemática não é para ela porque é de humanas e enfim. Existe realmente uma divisão atual sobre as disciplinas estudadas em todos os níveis da nossa formação. Mas nem sempre foi assim, aliás essa divisão disciplinar veio a partir de Aristóteles e foi feita para que ele pudesse ter um melhor controle de tudo o que estudava, como biologia, física, matemática, astronomia e várias outras vertentes do conhecimento.
A antropologia e a psicologia por exemplo, só surgiram com esses nomes em meados do século 19. Isso não quer dizer que não haviam estudos sobre o homem no caráter mental e social, mas os termos surgiram muito tempo depois, e essa distinção era completamente ignorada.
O próprio Platão tinha em sua “Academia” uma inscrição onde dizia:
Que ninguém exceto os geômetras entrem aqui.
Grande parte da filosofia platônica do mundo das ideias, surgiram a partir dos estudos da geometria.
Temos diversos outros filósofos matemáticos (humanos e exatos), como Descartes, Leibniz, Newton, Pitágoras, Russell, Wittgeinstein e muito mais.
4. ENTENDE MAIS FILMES E SÉRIES
Uma parte nerd ou cult dos filmes e seriados são baseados de alguma forma em vertentes filosóficas, assim como HQs (histórias em quadrinho).
Mas muitas vezes nos deparamos com filmes que não tem a menor cara de basear-se em algum conceito filosófico que acabamos perdendo o melhor do que ele poderia nos oferecer, por pura falta de conhecimento.
Um exemplo disso são os filmes Clube da Luta (Fight Club), Matrix e A Origem (Inception). Extremamente filosóficos e que valem a pena serem assistidos.
5. APRENDE COISAS NOVAS NOS DETALHES
Quando você aprofunda qualquer estudo, os detalhes se tornam perceptíveis, e não há quase nada que passe sem uma análise um pouco mais consistente. Seja uma música, um comentário qualquer, uma tecnologia nova, ou até mesmo esse artigo.
6. COMPREENDE COMO CHEGAMOS ATÉ AQUI
A construção do conhecimento nos fez superar diversos paradigmas enquanto sociedade tecnológica. Hoje você está lendo esse texto em algum aparelho que surgiu através de um acúmulo de conhecimento tão grande, que não parece ser nada mais que o normal. Mas é relevante sabermos que há poucos anos atrás, não existia metade da tecnologia que temos atualmente.
É absurdamente impactante quando compreendemos como a sociedade vivia, qual a expectativa de vida, e estamos ciente de que grande parte dessa “evolução” se deve a nossa amada filosofia.
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