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O Que o Estado Não É? – A Anatomia do Estado – Parte 1

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Murray Rothbard – 1926 a 1995 – aborda em sua obra “A Anatomia do Estado”, definições a respeito do que a instituição Estado é, e não é, para nós. Além de tópicos sobre como o Estado se eterniza nas sociedades, como ele transcende os seus próprios limites, impostos por si mesmo, o que o Estado teme, dentre outros pontos importantíssimos.

O Poder da Democracia

Em poucas palavras, Rothbard demonstra que o Estado é considerado, quase que universalmente, uma instituição de serviço social. Um meio necessário para se atingir os objetivos da humanidade, tudo isso contra o setor privado.

A democracia, como pilar da estrutura estatal, trouxe uma ampla identificação do indivíduo com o Estado, fazendo com que ele se sentisse parte do governo, ainda que sem nenhum poder de decisão ou escolha. Proporcionando sentimentos de pertencimento, pelo simples fato, de agora poder “decidir” quem vai decidir por ele. Ou seja, a mesma democracia que dá “poder” de escolha, através do voto, é a mesma que tira todo o poder do indivíduo, ao colocar políticos para decidir sobre todos os aspectos da sua própria vida. Vide O Que É O Esclarecimento? de Immanuel Kant, sobre a menoridade intelectual, e a incapacidade de pensar por si mesmo.

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A Camuflagem Ideológica

Com a identificação individual, a respeito do que o Estado significa para a sociedade. Nós nos sentimos parte do todo social e governamental, não tendo mais a capacidade de compreensão entre o que o indivíduo realmente é, e qual a sua essência. Assim como é perdido todo o senso do que é justo, ético, moral, e correto.

Como diz Rothbard

Se “nós somos o estado”, então qualquer coisa que o estado faça a um indivíduo é não somente justo e não tirânico, como também “voluntário” da parte do respectivo indivíduo.

Ou ainda

… se o estado recruta um homem, ou o põe na prisão por opinião dissidente, então ele está “fazendo isso a si mesmo” – e, como tal, não ocorreu nada de lamentável.

Então podemos nos perguntar: Mas a ditadura já acabou, e nada disso que está sendo abordado sobre o Estado, é real. Hoje vivemos de forma pacífica e o Estado não nos proíbe de nada.

Lamento dizer que o poder do Estado ainda é tão grande, que te faz um escravo tão fiel, onde você não é capaz de visualizar um palmo à frente do seu nariz, sem que todas as “suas decisões” já tenham sido tomadas, previamente, por políticos e legisladores.

Tente ao menos ter o seu salário, de forma integral, totalmente para si, aliás é um fruto do seu próprio esforço. Isso é uma discussão para outro artigo.

O Estado Não Somos Nós

Devemos ter em mente, que em momento algum, temos o mínimo poder de decisão. E ainda que 99% da população seja a favor de seguir certas regras e leis, ainda que estes mesmos 99% tenham escolhido um representante, existirá ao menos uma pessoa que não concorda e não aceita a intromissão estatal em seus negócios, e muito menos em sua vida privada. Essa pessoa sou eu, e atualmente milhares de outros Libertários espalhados pelo Brasil e no mundo.

O estado é a organização social que visa manter o monopólio do uso da força e da violência em uma determinada área territorial; especificamente, é a única organização da sociedade que obtém a sua receita não pela contribuição voluntária ou pelo pagamento de serviços fornecidos mas sim por meio da coerção.

Os indivíduos, instituições, empresas, produzem o seu valor, o seu rendimento, através da produção de bens e serviços, onde é negociada, através de contratos, de forma voluntária e pacífica. Enquanto o Estado obtém a sua receita e recursos, através da coerção e da ameaça de prisão, dos seus súditos.

Chegamos à conclusão de que o Estado é a arma mais letal contra a vida do ser humano, utiliza os próprios recursos que você investiu, coercitivamente, para manipular e calar a sua voz. Sem que você tenha o mínimo poder de questionar ou processá-lo por crimes absurdos contra a sua individualidade. Afinal, você vai utilizar o próprio Estado para processá-lo?!

Devemos, portanto, enfatizar a ideia de que “nós” não somos o estado; governo não somos “nós”. O estado não “representa” de nenhuma forma concreta a maioria das pessoas.

A única saída, é o poder do conhecimento!

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