Como é possível um juízo sintético "a priori"? – Crítica da Razão Pura – Parte 3
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12 respostas para “Como é possível um juízo sintético "a priori"? – Crítica da Razão Pura – Parte 3”
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legal
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Obrigado.
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Posso dizer que o sintético a priori utiliza da experiência só no início e depois torna-se necessário e universal?
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Olá Danilo, tudo bem?
Recomendo você ler os artigos abaixo, na ordem das partes:
https://rafaelbotelho.com/conhecimento-a-priori-e-a-posteriori/
https://rafaelbotelho.com/juizo-analitico-a-priori-e-juizo-sintetico-a-posteriori/
Assim você terá uma melhor conceituação dos termos.-
Caraa, por que vc não fala só sim ou não
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Busque a resposta!
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Tem uma lacuna nas explicações espalhadas na web sobre juízos sintéticos a priori. Parece que ninguém consegue dar uma explicação que consiga enfrentar ao menos superficialmente o problema. Senão vejamos, juízo analítico a priori parece tranquilo: uso as minhas faculdades inatas do intelecto (instrumentos de análise) e resolvo o problema. Já no juízo sintético a posteriori, a experiência “anima” o intelecto a agregar a particularidade do caso a um enriquecimento do conceito, por exemplo, “esta garrafa é verde”: o conceito de garrafa, ou seja, a ideia de forma da garrafa, eu já tinha na minha biblioteca de experiências adquiridas que se tornaram conceitos, e também já tinha a ideia do verde pelas mesmas razões, mas agora, com o fenômeno observado “garrafa verde”, também consigo sintetizar os dois conceitos em uma forma mais complexa que une dois conceitos mais básicos. Agora, o juízo sintético a priori é foda de compreender: seria ele a possibilidade de fazer síntese, mediante o meu instrumental a priori, usando a biblioteca de experiências adquiridas e formalizadas anteriormente? Por exemplo, nunca vi um cisne azul. Mas conheço o conceito de cisne e o conceito de azul a partir de experiências vividas, inclusive, pois conheço ocorrências fenomênicas de outras aves azuis. Então posso pensar: que tal se existisse um cisne azul, embora eu nunca o tenha visto? Isso seria um juízo sintético a priori? Ou seja, não importa que jamais venha a existir um cisne azul, mas a própria possibilidade de imaginar o conceito de cisne azul já produz uma abertura fenomênica à ideia de cisne azul, e portanto de um juízo sintético antes da experiência do cisne azul. Pode ser isso? Obrigado.
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@Francisco nos juízos sintéticos a priori você acrescenta algo (sintético), a alguma abstração, por assim dizer, que não possui raiz na experiência. O cisne azul, ou qualquer outro exemplo pode ser uma forma válida de raciocínio. Porém, é necessário compreender que o Kant está lidando com questões mais profundas, como a imortalidade da alma, Deus, de certa maneira em conformidade com a “crença”, abordado em A Religião nos Limites da Simples Razão.
Porque não explico exatamente o que é esse juízo, ou deixo claro de uma vez por todas a minha interpretação a esse respeito?! É simples, desde 2011 tenho estudado o Kant, não assiduamente, pelo metodismo dele, pressupõe-se que a resposta seja concreta e simples, mas a verdade é que se torna necessário, ler as críticas (Crítica da Razão Pura, Crítica da Razão Prática, Crítica do Juízo ou Faculdade de Julgar), Fundamentação da Metafísica dos Costumes, A Religião no Limite da Simples Razão, entender o contexto intelectual da época, e tirar suas próprias conclusões.
Costumo dizer que, quando você entende Kant, qualquer outro filósofo fica muito fácil de compreender. Com o advento do Libertarianismo, muitos começaram a se interessar por ele, e isso é excelente. Entretanto, todos querem as respostas facilmente elaboradas, e não existem muitas respostas, aliás, cada resposta pressupõe mais dúvidas, isso faz parte do PENSAR.-
Sensacional. Uma resposta que disse tudo o que eu precisava.
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Oi Rafael. Veja se seu entendi correto.
O juízo analítico a priori é o juízo autoevidente/óbvio e todo o conhecimento logicamente derivado dele.
O juízo sintético a posteriori não é tão óbvio e necessita de experimentação e/ou investigação para ser conhecido.
O juízo sintético a priori é o conhecimento que só é autoevidente/óbvio por causa do conhecimento não-óbvio adquirido por meio do ensino/estudo. Então, “sintético” porque só é possível com o conhecimento que não é óbvio . E “a priori” porque, a partir deste conhecimento, se torna autoevidente/óbvio e não precisa de experimentação e investigação.
É isso mesmo?-
Olá Henrique, tudo bem?
Recomendo para você, os artigos abaixo, assim como passei para o Danilo.
Parte 1:
https://rafaelbotelho.com/conhecimento-a-priori-e-a-posteriori/
Parte 2:
https://rafaelbotelho.com/juizo-analitico-a-priori-e-juizo-sintetico-a-posteriori/
Este artigo que você leu: “Como é possível um juízo sintético “a priori”? – Crítica da Razão Pura – Parte 3”, é a terceira parte. Porém ainda não é a resposta final.
Ainda não escrevi, de forma completa, como são possíveis os juízos sintéticos a priori, esse é o ponto principal da Crítica da Razão Pura, que irei abordar em breve aqui no Blog. -
Explique a seguinte afirmação de Kant: “[O] verdadeiro problema da razão pura está contido na seguinte pergunta: como são possíveis juízos sintéticos a priori?” (Crítica da Razão Pura, B 19)
R: Os juízos sintéticos dependem da experiência, e se dependem da experiência, logo são a posteriori. Ao contrário dos juízos analíticos, estes ampliam nosso conhecimento, produzem conhecimento, por isso é que Kant também os denominou como “juízos de ampliação”, porém estes não são universais, pois derivam da experiência. Diante disso, Kant, questiona a possibilidade de juízos sintéticos a priori. E a solução apresentada por Kant é notável. Segundo ele, o objeto do nosso conhecimento especulativo repousa sobre os princípios sintéticos. Porém, ressalta ele que estes
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